Toda menina e menino brasileiros têm direitos. De Norte a Sul, trabalhamos por eles!

por | jul 8, 2024 | Uncategorized

Nos 30 anos do CADI, conheça sobre a unidade do CADI em Palhoça – SC, que tem potencializado sonhos e vocações de 160 crianças, adolescentes e famílias, que vivem na comunidade Frei Damião.

O acesso ao esporte é um direito social, garantido pela Constituição Federal de 1988, que nem todos os brasileiros vivenciam. Segundo o GIFE, no Brasil, 100,5 milhões de adolescentes e adultos com 15 anos ou mais de idade não praticavam esporte ou atividade física em 2015. Esses dados fazem parte do estudo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad): Prática de Esporte e Atividade Física, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo ainda mostrou uma relação direta entre escolaridade e atividade física, demonstrando que as pessoas que não praticavam esportes (91%) tinham menor índice de instrução, já entre as que tinham nível superior completo 64,9% tinham algum tipo de prática esportiva*. 

O CADI trabalha na contramão destes indicadores para que todas as crianças e adolescentes acessem seus direitos.  E assim, a partir do CADI Palhoça, estabelecido no ano de 2006 no município de Palhoça – SC, há 18 anos tem oferecido às crianças, adolescentes e suas famílias atividades nas áreas de assistência social, cultura, educação e qualificação para o mercado de trabalho.

CADI PALHOÇA NO ESPORTE

A unidade tem trabalhado para que 160 crianças e adolescentes que vivem na comunidade Frei Damião, em situação de vulnerabilidade social, acessem o direito ao direito ao esporte, vivenciando o aprendizado das modalidades de vôlei e jiu-jitsu, além do desenvolvimento de habilidades socioemocionais e o fortalecimento dos vínculos familiares.

Entre as centenas de histórias incríveis, queremos destacar a de superação do Pedro Henrique, de 7 anos. Inscrito nos projetos oferecidos na unidade de Palhoça, desde fevereiro de 2024, participa ativamente das oficinas de informática, música, vôlei, reforço escolar e jiu-jitsu. Portador de uma má formação congênita, que resultou na falta do antebraço e mão esquerda, a agenesia de membros, que pode ser caracterizada pela ausência ou desenvolvimento incompleto de um membro ou parte do corpo e que, portanto, pode revelar uma série de desafios individuais para quem vive nessa condição, assim como para seus familiares.

Mas não para o Pedro!

“Ele  tem demonstrado uma força e um espírito de superação que nos inspiram todos os dias aqui no Cadi Palhoça. Ele tem se mostrado uma criança excepcionalmente comunicativa, inteligente e amorosa. Inicialmente tímido nas aulas de jiu-jitsu, que rapidamente superou suas inibições e limitações e melhorou suas habilidades de forma impressionante”, comenta Vanessa Sena, instrutora de Jiu-Jitsu na instituição. 

O esporte tem um poder transformador, que pode afetar positivamente o desenvolvimento físico, cognitivo, intra e interpessoal. A mãe do Pedro, Fernanda Pires, reforça isso e compartilha que o CADI tem sido muito importante na vida do filho.

“Tenho visto muitas mudanças, no comportamento, no cotidiano, no reforço escolar que ele (Pedro) tem nas terças-feira, que faz toda a diferença,  tirando boas notas na escola. A oficina de Jiu-jitsu tem sido algo maravilhoso para a vida dele, ele ama o que faz e quer levar o Jiu-jitsu para a vida adulta. Eu como mãe dele só tenho a agradecer pela oportunidade que vocês nos deram, obrigada por estar moldando o  nosso menino”.

PRESENÇA EM CAMPEONATOS ESPORTIVOS

Além da prática e aprendizado da modalidade, o CADI promove a vivência  em campeonatos por meio de parcerias, para as crianças e adolescentes atendidos. E no dia 09 de junho, Pedro participou do Abu-Dhabi Jiu Jitsu Pro, no torneio AJP TOUR SÃO JOSÉ INTERNATIONAL JIU-JITSU CHAMPIONSHIP 2024, seu primeiro campeonato de Parajiujitsu (uma modalidade nos campeonatos de jiu jitsu, para atletas paradesportivos), ganhando a medalha de ouro.

A jornada do Pedro é uma prova viva de que limitações físicas não definem quem somos ou o que podemos alcançar. Ele é uma inspiração constante para nós e um lembrete do poder da resiliência e da positividade, complementa Vanessa.

A inclusão é o DNA do CADI. Todas as atividades são planejadas e adaptadas para atender às necessidades individuais de cada criança e adolescente, garantindo que todos tenham a oportunidade de participar e se desenvolver plenamente. O CADI é um exemplo de como a inclusão pode transformar vidas, quebrando barreiras e preconceitos, e construindo uma sociedade mais justa e igualitária, reforça Everton Mathias, presidente da unidade em Palhoça. 

SOBRE O CADI

O CADI Brasil é uma coalizão de organizações sociais de proteção à infância, à adolescência e à família, que juntas, fortalecem o ecossistema do desenvolvimento comunitário no Brasil, rumo a uma sociedade mais justa, solidária e sustentável para as novas gerações. A Coalizão atua fortalecendo pessoas, organizações  e iniciativas da sociedade civil, ensinando e aplicando tecnologias de gestão organizacional e  socioambiental, agregando valor à dimensão Social do ESG de empresas e fundações.

Desde 1994 unidades do CADI combatem situações de vulnerabilidade e risco social vivenciadas por crianças e adolescentes que vivem em comunidades pobres no Brasil. 

COMO APOIAR O CADI – PALHOÇA

Atualmente, a oficina de jiu jitsu atende 60 alunos, entre crianças e adolescentes, que vivem na comunidade Frei Damião, eles têm acesso à aulas semanais, em um ambiente seguro e estimulante para o desenvolvimento integral. 

Para que possamos continuar e expandir esse trabalho, contamos com o seu apoio! Sua contribuição transformará a vida das crianças e adolescentes atendidos, promovendo um futuro mais justo e promissor. 

Para saber mais sobre o CADI, e como você pode contribuir para que centenas de crianças e adolescentes acessem seus direitos e espaços protegidos para seu pleno desenvolvimento, visite o Como Doar em nosso site cadi.org.br

* https://gife.org.br/acesso-ao-esporte-e-um-direito-que-nem-todos-os-brasileiros-possuem/

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