Durante os períodos mais críticos da Covid-19, o CADI auxiliou as famílias mais necessitadas das comunidades incluídas nas áreas de sua atuação e, recentemente, retomou suas atividades presenciais. No dia 09 de junho, a unidade de Valença (BA), realizou a aula inaugural do Projeto Investindo em mim, isso vai ter um retorno, um curso de qualificação profissional que capacita adolescentes e jovens de 14 a 25 anos, originários de famílias de baixa renda e em situação de vulnerabilidade social. A aula foi realizada com o apoio do Instituto Cooperforte, que contribui para a transformação socioeconômica de pessoas e organizações sociais, e contou com a presença dos jovens inscritos no projeto, de parceiros e da equipe do CADI.
O professor Antônio Jorge ministrou uma palestra sobre empreendedorismo, promovendo uma reflexão por meio da história da empresa Tombador, que fabrica chocolates artesanais. Isso mostrou aos presentes que a garra, o trabalho e a perseverança são ingredientes para que as coisas dêem certo, e que o incentivo da família não pode faltar. Houve também a participação do presidente da Casa do Empresário de Valença, Vidalto Oiticica, um parceiro de grande importância para o curso profissionalizante que requer uma mobilização dos empresários para a etapa de estágio nas empresas e possíveis contratações.
Focado em cidadania, educação financeira e empreendedorismo, o objetivo do Projeto Investindo em mim, isso vai ter um retorno é viabilizar oportunidades de estágio e de inserção profissional. Segundo o coordenador da unidade Vinicius Porto, em 2021, todos os adolescentes conseguiram estágio e 67% dos adultos conquistaram uma vaga de trabalho.
“Para nós, é muito satisfatório ter um programa assim porque foi algo sonhado. Nossos projetos são sonhados primeiro para depois participarmos de um edital, que é muito satisfatório”, afirma Vinicius.
“Nossos prédios estavam fechados, sem aquele som típico de pessoas e crianças brincando nos espaços feitos para elas. Com o suporte de nossa incrível rede de apoiadores, naqueles dias difíceis, atuamos com ações emergenciais como doação de alimentos e itens de higiene pessoal, que deram alívio imediato para centenas de crianças, adolescentes e suas famílias. Agora, retornamos com todo cuidado às nossas atividades presenciais. Você poderá acompanhar em nossas redes sociais a volta do sorriso no rosto e o olhar esperançoso das crianças em suas atividades esportivas, culturais e lazer que o CADI oferece como parte de nosso portfólio de ações. Assim, neste recomeço, nos encontramos mais uma vez com nossa vocação: facilitar o desenvolvimento integral nas comunidades”, ressalta o presidente da ONG Marcel Camargo.
A unidade retomou também o Projeto Teclife, que desenvolve oficinas de robótica, utilizando a tecnologia como ferramenta para o empoderamento e protagonismo de crianças e adolescentes. Com 80 alunos, o Teclife propõe a resolução de problemas por meio de kits para montagens de robôs. Os motores e sensores são usados para o desenvolvimento do raciocínio lógico. Outro espaço que voltou a funcionar para entreter e educar crianças foi a Sala de Leitura, que oferece oficinas socioeducativas para crianças de quatro a oito anos.
Em Palhoça (SC), o CADI recebeu 55 voluntários em parceria com a Pulse Adolescentes, membros da Igreja Red. Durante sua viagem missionária, os adolescentes conheceram crianças e famílias beneficiadas pela nossa unidade e oraram. Eles ajudaram na limpeza, organização, na arrumação da quadra e do portão da sede, plantaram flores no jardim, na separação e catalogação de livros da biblioteca. Além disso, os adolescentes participaram de várias brincadeiras e atividades com as crianças, como teatro, pinturas de rosto, modelagem de balão, oficina de slime, tranças para as meninas e música.
“A experiência foi muito boa para nós e também acredito que foi para esses jovens. Eles foram a várias casas, fizeram orações para diversas famílias necessitadas e sempre diziam que todas as situações presenciadas causaram impacto neles. A despedida foi difícil, muitas crianças pediram para que os adolescentes não fossem embora”, afirma Mery Neves, coordenadora da unidade.