Estamos orgulhosos em anunciar que nossas atividades esportivas têm obtido diversas conquistas. Em julho, as alunas do CADI Gaibu (PE) Larah Samilly e Fabiana Vitória, ficaram em terceiro e em quarto lugar na primeira etapa do campeonato Surf Kids oficial. A conquista as deixou extremamente emocionadas e trouxe um sentimento de inclusão. As meninas nunca haviam surfado fora do CADI e participaram pela primeira vez do campeonato após terem aulas de surf com a professora Selma Silva, que trabalha com a inclusão de crianças e adolescentes que vivem em situação de vulnerabilidade desde 2007, antes da fundação da unidade do CADI na região. Neste ano, a competição terá três etapas, sendo que a última será realizada em outubro.
A prática do surf faz parte do projeto Plantando Sementes, Colhendo Flores e Frutos, executado com o apoio do Itaú Social a partir de um edital via Lei de Incentivo ao Fundo da Infância e Adolescência (FIA).
O projeto tem duração de 12 meses e visa contribuir para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, favorecendo a transformação do ambiente em que vivem por meio de oficinas de práticas de leitura, cidadania
e direitos, meio ambiete, eco surf, recreação direcionada, segurança alimentar e nutricional, coaching educacional, prevenção e proteção à violência e abuso sexual por meio da metodologia CLAVES, proposta mutidisplinar que utiliza uma abordagem lúdica para a prevenção da violência sexual.
“O surf tem alguns benefícios como o contato com o mar, que é terapêutico, a contribuição com a parte física da força, com a resistência e com o equilíbrio. Além disso, ajuda em aspectos de formação pessoal como o trabalho em equipe e a disciplina”, afirma Priscilla Barreiras, coordenadora do CADI Gaibu.
O projeto Plantando Sementes, Colhendo Flores e Frutos tem o compromisso de ser uma resposta aos objetivos 4 e 17 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que compõem a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Eles tratam, respectivamente, de assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos e de Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.
Focada na garantia de defesa, proteção e promoção dos direitos de crianças e adolescentes, a iniciativa prevê o atendimento direto a 80 crianças e adolescentes, com idade entre 8 a 18 anos incompletos.
“Com as atividades do desenvolvimento das ações deste eixo no projeto, queremos despertar valores como cidadania, criatividade, pertencimento para que crianças e adolescentes estabeleçam uma nova forma, eficiente e segura, de se relacionar consigo, com o próximo, com o meio ambiente e com os demais temas do desenvolvimento sustentável. Conforme o educador Paulo Freire: ‘A educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo’. O CADI acredita que fortalecer trabalhos em redes melhora a capacidade de captação e mobilização de recursos humanos, técnicos e financeiros favorecendo respostas mais rápidas, seguras e sustentáveis aos desafios encontrados”, salienta Priscilla.
No mesmo mês, os alunos da unidade do CADI localizada em Fazenda Rio Grande (PR) participaram do Campeonato Nacional de Karatê, realizado no Mato Grosso, e seis deles conquistaram 20 medalhas! Foram quatro medalhas de ouro, cinco de prata e 11 de bronze.
Isso só foi possível graças ao projeto Escola de Oportunidades Darrow Miller, desenvolvido há 12 anos, que promove práticas esportivas e educacionais para melhorar a qualidade de vida de crianças e adolescentes entre 7 e 17 anos que vivem em situação de risco.
O projeto Escola de Oportunidades tem duração de 12 meses e deve atender 80 pessoas em regime de contraturno escolar. Em 2019, os alunos também participaram dos Jogos Pan-Americanos na cidade de Lima, no Peru. De acordo com Patrícia Souza, coordenadora do CADI Fazenda Rio Grande, o esporte transforma a vida dos beneficiados:
“O primeiro projeto que a gente tinha era uma escola de futebol. A oficina de esportes sempre esteve presente no CADI e esse projeto não só traz a criança, no sentido de contar sua própria história, mas também gera oportunidades. Temos adolescentes que participaram de campeonatos e foram medalhistas que vieram de famílias que não têm condições de pagar uma academia”.