Inclusão e esperança: CADI Palhoça oferece programa direcionado a famílias de crianças autistas

por | nov 9, 2022 | Uncategorized

A unidade do CADI em Palhoça (SC) finalizou recentemente o Projeto de Orientação Parental com pais e mães de crianças autistas. A organização sempre esteve com as portas abertas para atender crianças com síndromes e/ou transtornos globais do desenvolvimento. Em 2021, quatro crianças com transtorno do espectro autista (TEA) estavam entre os beneficiários da organização, mas suas famílias relataram muitas adversidades para promover seu desenvolvimento. 

“Chegamos a ouvir de uma das mães que sua filha tinha sido rejeitada em outros projetos por ser autista e o CADI foi o único local que não a tratou com distinção. Sempre tentamos inserir as crianças dentro das oficinas existentes, adaptando o mínimo possível e a retomada da pandemia trouxe todas as crianças para dentro do CADI novamente. Mas Deus nos encheu de compaixão ao ver as dificuldades das famílias com filhos autistas, nos levando a buscar alternativas para o desenvolvimento tanto das crianças como das famílias”, explica Rosy Mathias, coordenadora do CADI em Palhoça.

Em busca de soluções para apoiar os familiares de crianças autistas, no primeiro semestre de 2021, o CADI entrou em contato com o Instituto Farol, instituição privada que oferece atendimentos clínicos e educacionais em todo o Brasil. Na época, o instituto dava início ao seu braço social, a Associação Pequenos Navegantes. O encontro deu início a uma parceria entre as duas organizações para colocar em prática o Projeto de Orientação Parental, que foi idealizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) sob a responsabilidade da pesquisadora Maria Luísa Magalhães Nogueira.

Os objetivos do projeto foram oferecer orientação segura e de qualidade aos pais e responsáveis por crianças autistas, apresentar uma prática guiada e adequada, fomentar a construção de uma rede de comunicação e apoio entre os próprios pais e responsáveis participantes e fortalecer o vínculo entre os pais e os convidados da educação municipal, visando melhorias na inserção e condução escolar da criança com TEA.

Para isso, foram realizados 10 encontros com 10 cuidadores de crianças de até quatro anos. Na primeira orientação, foi aplicado um questionário cujo objetivo era mapear o contexto das famílias atendidas. As perguntas abordavam como era o convívio da família e o que familiares sabiam sobre o transtorno do espectro autista (TEA). Posteriormente, as famílias tiveram acesso ao conteúdo teórico e a orientações práticas para utilizar estratégias de ensino baseadas em um modelo naturalista de intervenção precoce aplicadas ao TEA.

As orientações foram feitas por profissionais especialistas em autismo e em intervenção precoce naturalista. Os pais foram divididos em grupos e, inicialmente, os encontros, que tinham 1h30, ocorriam no formato online, mas depois passaram a ser presenciais. Um dos destaques da iniciativa foi o repasse de estratégias que podem ser implementadas pelos responsáveis dentro de casa, durante a rotina diária com as crianças. Isso potencializa os efeitos positivos gerados pela iniciativa no ambiente familiar.

O projeto contou com profissionais voluntários da Associação Pequenos Navegantes e colaboradores do quadro do Instituto Farol. Ao final, os pais afirmaram se sentir mais capacitados para lidar com as situações e descobertas no desenvolvimento de seus filhos. Para ampliar o alcance da iniciativa, foi criada uma rede de apoio com a participação da UBS Frei Damião, que fica ao lado do CADI. Ali, é realizada a triagem de crianças com diagnóstico ou suspeita de autismo para aumentar o número de famílias auxiliadas pelo Orientação Parental.

“Sonhamos em ser uma organização de referência na inclusão de crianças com transtornos e síndromes na comunidade Frei Damião, pois durante a jornada percorrida até aqui notamos que existem muitas crianças nesse contexto e dentro de uma comunidade vulnerável eles ficam mais invisíveis entre os invisíveis da sociedade”, conclui Rosy.

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