No mês de Setembro, ocorre uma discussão imprescindível para a sociedade: a importância de cuidar da saúde mental. Este mês foi escolhido, pois o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio está entre as maiores causas de morte de jovens entre 15 e 29 anos. É um dado muito preocupante e que mostra a importância de campanhas como o Setembro Amarelo, criada no Brasil em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). A mobilização nacional tem o intuito de promover uma conscientização sobre a prevenção do suicídio e romper com o tabu associado ao assunto.
Uma enquete com mais de 7,7 mil adolescentes e jovens de todo o Brasil mostra que, recentemente, metade sentiu necessidade de pedir ajuda sobre saúde mental. Realizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e pela organização da sociedade civil Viração Educomunicação, o levantamento revelou que 50% dos participantes desconheciam serviços ou profissionais que auxiliam adolescentes a lidar com transtornos mentais.
Para atender as necessidades de informação e acolhimento, o CADI Maré realizará a Semana das Emoções entre os dias 20 e 23. A iniciativa promoverá encontros com crianças de quatro a oito anos para contação de histórias, com crianças de 9 a 12 anos para assistir ao filme Divertidamente – que fala sobre o tema da inteligência emocional de uma forma lúdica, didática e criativa. Além disso, ocorrerão rodas de conversa sobre saúde mental com adolescentes de 13 a 17 anos e com os responsáveis pelos jovens, tendo em vista o papel fundamental das famílias no diálogo, na escuta e no encaminhamento para profissionais especializados.
As rodas de conversa com adolescentes e seus familiares irão destacar que a saúde mental perpassa por vários outros temas importantes. A garantia dos direitos básicos do ser humano é uma forma concreta de prevenir o adoecimento psíquico e outros problemas que podem levar uma pessoa a acreditar que não há outra saída, a não ser a interrupção da vida. Nesse sentido, é preciso assegurar condições dignas para toda a sociedade, com acesso à moradia, educação, emprego, saúde e alimentação.
Uma das maneira mais eficazes de prevenir o suicídio é construir uma rede de apoio com amigos e familiares. Pequenos gestos de afeto e cuidado podem fazer a diferença na vida de alguém. A criação de ambientes seguros e a busca de profissionais especializados em saúde mental, como psicólogos e psiquiatras e serviços como o Centro de Valorização da Vida (CVV), é crucial para apoiar pessoas com doenças como ansiedade e depressão ou que apresentam comportamento suicida. Existem alguns sinais de alerta que mostram que uma pessoa precisa de ajuda: mudança de comportamento, falta de esperança, desfazer-se de objetos pessoais ou se despedir, melhora súbita, falar sobre querer morrer ou querer sumir, indício de doença mental e abuso de substâncias.